Amigo, não sei explicar bem o que nos distanciou. Mas meu questionamento sobre o que me separou de você, paradoxalmente, mantém a sua presença, através da dolorosa lágrima da saudade. Meu amigo, amigo meu... o tempo me fez te esquecer não te esquecendo. Mas te busco sem te chamar, assim como te amo sem provas de amor. A procura por você em meu coração é a maior das provas de amizade, exatamente por não precisar te provar. A amizade independe de provas marcadas... Amigo, eu te amo e sinto sua falta sempre.

Hugo.

Substituiu a palavra "amor" do meu vocabulário, pois o que está aqui dentro ultrapassa a própria essência de tal termo. "Hugo" é a palavra que me vem a mente, sonorizada pela melodia que o mundo não pode ouvir, apenas eu.

"Hugo" traduz em mim as mais belas imagens e sentimentos amenos. Mostra que o remoto olhar para o horizonte ao poente ou para o firmamento não é clichê de amantes, e sim, um meio de tradução da mais pura emoção que se desperta quando se encontra uma chave no caminho. A chave de ouro, que abre as portas de um espírito transcendente, até então, desconhecido.

"Hugo" é a tradução do novo brilho dos meus olhos. Como se sabe, os olhos são o espelho da alma.